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domingo, 28 de setembro de 2014

Undenied Pleasures



Artemis é uma moça oriunda de Oakland conhecida essencialmente pelo "Downtempo" de grande qualidade que cria, misturando um hipnotismo interessante provindo do "Trip-hop".
Em 2012 lançou este "Sephyra". O que dizer sobre este álbum? Bem, digamos que é uma espécie de bola gigantesca onde encontramos uma infusão de som com sensações que nos permitem divagar, como aliás o podemos comprovar com o videoclip do single "Down By The River", que é a minha sugestão para hoje.
Fiquem com a imensa qualidade de "Down By The River".


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

SCREEN SHOT por A.A.M.

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)




Enquadrado num género de comédia/horror, neste filme, Álex de la Iglesia, distinto realizador espanhol do género, relata-nos como a vida de um grupo de assaltantes pode ser dificultada pela intervenção de bruxas que interferem no seu “trabalho”. Marcado por um estilo visual peculiar é uma hipérbole do culto e do horror, apresentado através de um trabalho notório na área da maquilhagem, som e edição valendo o prémio Goya nessas categorias.



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Livros que nos devoram

Pretérito Perfeito


                Vasco é um homem de 33 anos, que tem da tenra juventude e da infância as memórias mais acesas, um homem que carrega a inocência dessas vivências e a fragilidade de alguém que sabe que tem os dias contados. Talvez por isso o sintamos, não homem, mas menino.
                É pela voz do próprio Vasco que, desde as primeiras páginas, entramos na sua casa e seguimos até ao terraço, onde nos sentimos a salvo, na hora em que o sol se põe sobre o Tejo. São também as palavras deste homem-menino que nos conduzem pelo Outono de Lisboa, pelos bares da moda de outros tempos, ou por outros lugares que a sua cultura e curiosidade evocam.
                À medida que a narrativa se tece, umas vezes num estilo torrencial, outras ritmado, quase musical, tornamo-nos cúmplices de Vasco. Cúmplices das memórias, do seu quotidiano e - muito - da sua dor, do desespero, do vazio. Vasco deixa de ser, a certa altura, apenas a personagem, para ocupar o lugar do amigo de infância, do vizinho que viveu sempre ao nosso lado, com quem trocámos cromos, livros, discos ou palavras, nas escadas do prédio, noite dentro. Aliás, ao longo da obra, deparamo-nos frequentemente com referentes da infância e da adolescência que são também os da minha geração: Mário de Sá-Carneiro e o seu poema “Fim”, músicas dos Xutos ou dos UHF, o Verão Azul, o Lucky Luke, uma lengalenga infantil, etc.
                Como se sabe sem futuro e como o presente é um espaço de dor e de expectativa, acaba por centrar grande parte do seu relato num passado que foi feliz e pleno em vivências, desde as brincadeiras de rua com os vizinhos à descoberta do amor, em Trás-os-Montes, com Isaura, que lhe ensinou não só o amor, como despertou nele o gosto pela poesia e pela literatura em geral.
                Trás-os-Montes, onde ele regressa com o pai para ir buscar os avós e as couves para o Natal, é, como a casa de Lisboa, um espaço de afectos.
                Há, em Vasco, uma sensibilidade que decorre da sua formação como músico, mas também do ambiente de afecto em que sempre viveu e que a doença apura. Torna-se, por isso, mais atento aquilo que o rodeia: aos pormenores, aos gestos e às conversas dos vizinhos, à dor daqueles que ama.

                Pretérito Perfeito, publicado em Setembro de 2013, pela Editoral Estampa, é o segundo romance de Raquel Serejo Martins, uma transmontana (Vilarandelo, Valpaços) que vive na capital.


Proposta de Luísa Félix, segue-a no seu blogue, Letras são papéis.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

Estilhaços Cinemáticos em Bragança

Em 2003 Adolfo Luxúria Canibal, vocalista e letrista da carismática banda bracarense Mão Morta, lançou o livro de poesia Estilhaços. De onde foram retirados os sete textos que musicados por António Rafael (companheiro de Luxúria nos Mão Morta) deram "voz" ao álbum e projecto homónimo de spoken word, Estilhaços.





Oito anos depois, em 2011, António Rafael, Henrique Fernandes e Jorge Coelho musicaram mais três poemas de Adolfo Luxúria Canibal e cinco outros do surreal Mário Cesariny, para o álbum Estilhaços e Cesariny.


(Lista de reprodução com as oito músicas do álbum, aqui.)


Partindo dos livros da colecção O Filme da Minha VidaAdolfo Luxúria Canibal escreveu oito novos textos e em 2013 Estilhaços Cinemáticos tornou-se o terceiro espectáculo do projecto que, na próxima Quarta-Feira, dia 24, se desloca a Bragança, para apresentar o espectáculo em terras de Trás-os-Montes.


Undenied Pleasures



Algures em 2008 tive o prazer de os ver ao vivo no Coliseu do Porto, na altura apresentavam "Dig!!! Lazarus Dig!!!", que grande concerto, muito bom mesmo. Em 2013 regressaram ao Porto para actuar no Primavera Sound, onde apresentaram o álbum "Push The Sky Away". Lançado em 18 de Fevereiro do último ano, o que se pode dizer sobre o mais recente trabalho de Nick Cave And The Bad Seeds? Bem, de acordo com a crítica, este "Push The Sky Away" está carregado de beleza, o que me remete para o "No More Shall We Part". Produzido por Nick Launay, Nick Cave descreve o mais recente trabalho como uma criança numa incubadora e as batidas que o Warren Hellis executa tornam-se nas batidas do coração. Uma descrição prometedora. Por agora deixo-vos com o primeiro single "We No Who U R".





Nuno Baptista

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

SCREEN SHOT por A.A.M.

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)




Do realizador Paolo Virzì, este filme traz-nos a estória de um casal de jovens, Guido e Antonia, que partilham o sonho de ter um filho. Guido, é um rapaz inteligente com ideias divergentes e Antonia, apesar de conformada, sente-se ansiosa por mudar a sua vida. Um confronto de estilos que, juntos, tentam sicronizar de forma a se concretizarem simultaneamente. Um estilo único de apresentar comédia em italiano, um desafio de vida.



domingo, 14 de setembro de 2014

Undenied Pleasures



Douglas Appling, A.K.A. Emancipator, é um Americano que faz um Trip-hop extraordinário. Surgido nos anos 90 o estilo, verdade seja dita, com o passar dos anos sofrendo uma mutação, vá lá, e para muitos evoluiu. Para mim, confesso que tenho saudades das raízes e do que se fazia naquele tempo. Não que hoje não goste do estilo, quem me conhece sabe que não é o caso, mas sinto sempre falta de algo. Com Emancipator é possível relembrar uma panóplia de sons e efeitos produzidos nos anos 90 (a nível do estilo), o que torna este "Dusk to Dawn", editado em 2013, um álbum de Trip-hop acima da média nos dias de hoje, como podemos confirmar com o primeiro single "Minor Cause".




Nuno Baptista

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SCREEN SHOT por A.A.M.

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)




Realizado por Michel Gondry, um dos expoentes máximos do cinema francês “A Espuma dos Dias” traz de volta o idealismo com a presença de Romain Duris e Audrey Tautou como principais protagonistas. Num mundo de imaginário e fantasia, relata uma jornada de um jovem que procura a todo o custo a cura para um doença invulgar da qual o seu amor padece. Um filme com um argumento e criatividade invulgares.



terça-feira, 9 de setembro de 2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Undenied Pleasures



Depois do poderosíssimo "Volatile Times", Chris Corner, o mentor dos extintos e espectaculares "Sneaker Pimps", lançou em Março do ano passado o seu mais recente álbum, "The Unified Field". Depois de "Volatile Times" as expectativas eram altas e a julgar pelo single, que deu nome ao álbum, posso dizer que apesar de não ter o arrojo de que estava à espera, não me saía da cabeça o refrão. A qualidade que o homem emana pelos ares da música alternativa era evidente. Fica, então, o single para vossa opinião.




Nuno Baptista

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SCREEN SHOT da semana

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)




Fargo, a série criada por Noah Hawley, tem por base o filme homónimo, vastamente, aclamado e premiado que, em 1996, foi realizado pelos irmãos Joel e Ethan Coen. O espirito de drama/comédia mantém-se, bem como o âmbito de investigação criminal. Conta com um elenco de relevo onde contracenam Billy Bob Thornton, Colin Hanks, Martin Freeman, entre outros, que devido ao seu protagonismo valeu à serie o Emmy de “Outstanding Casting for a Miniseries, Movie or a Special” o que equivale a dizer que em termos da escolha de atores, para cada personagem, acertaram. Uma série intensa a não perder, também premiada pela qualidade de realização e reconhecidos louvores técnicos.




A.A.M.