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sábado, 28 de fevereiro de 2015

O Aniversário da Marlene por Rogério Paulo E. Martins (#02/2015)

O aniversário da Marlene é um conto, da autoria de Rogério Paulo E. Martins, do qual será partilhado um parágrafo semanalmente (independentemente do seu comprimento). Sempre aos Sábados, pelas 21:30, não percas, um exclusivo da Pomar de Letras.

aqui o primeiro parágrafo.


Era portanto Sexta-feira e já durante a tarde, saído da escola, almoçado e como qualquer criança, com o fogo no rabo. Jogava, no pátio, à bola com a minha irmã, dois anos mais nova. O Igor, o mais novo que contava na altura, oito anos, estaria ainda naescola. Como dizia, jogávamos à bola, note-se que não jogávamos futebol, nem brincávamos com a bola, estávamos jogando à bola, os dois sozinhos. Desde sempre a bola para mim fora “quadrada” e por vezes parecia ter picos, porém, adorava pontapeá-la e jogar futebol – sinto-me aqui um pouco relutante no uso do pretérito. Num dado pontapé, nem sei se pela minha inata aselhice, se por mera falta de jeito, a bola acabou na estrada. Pensando um pouco melhor nisto, creio que foi um pouco de ambas as hipóteses, acrescidas de um certo propósito malicioso, mas isso não é importante. O que interessa é que a bola foi parar à estrada e coube-me a mim, que a chutara, ir buscá-la. Fui. Escusado seria dizer que esta e muitas outras bolas rolaram naquela mesma estrada e que nem todas sobreviviam aos carros que passavam, ou aos camiões. Mas digo-o. Lembro-me de uma certa bola nova que foi parar certeira, como se diz por vezes nos relatos, com regra e esquadro, debaixo das rodas de um camião, duvido que o motorista se tenha sequer apercebido do sucedido, mas nós gritámos e estrebuchámos como baratas tontas, ou melhor, como crianças a quem haviam tirado o brinquedo, na direcção do camião que seguiu o seu caminho, na sua imponência de gigante. Falando nisto, lembro-me agora de uma outra vez, um condutor depois de nos furar uma outra bola, parar, olhar a bola furada, constatar que não fora nenhum pneu, olhar-nos, a Marlene começar a desatinar com ele por nos ter furado a bola, eu ter reclamado a sua pertença, e o que fez ele? Não saiu do carro para comprar uma bola nova aos putos, claro está. Como qualquer boa pessoa, mandou-nos à merda e seguiu. Eu agarrei na bicicleta –lembrai-vos de que ainda estamos no pátio do meu prédio – e segui-o o quanto pude, pedalando exacerbadamente atrás daquele filho da puta, infelizmente, perdi-o e não soube quem ele era. Fiquei sem bola…

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#09/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Clássico: Metropolis [Metrópolis] (1927)


Realização: Fritz Lang


Cheio de simbolismo e com uma forte expressão visual, Metrópolis é um relato futurista tanto pela sua construção de imagem como, também, pelo seu enredo ideológico que continua actual, passados 88 anos! Escrito pelo realizador e pela sua esposa a escritora Thea Von Harbou, retrata uma sociedade opressora com a distinta posição de um poderoso empresário a governar a cidade e os seus trabalhadores controlados por máquinas e confinados a viver subsolo. Uma jovem, Maria, destaca-se pela sua vontade de os conduzir à liberdade. Vastamente aclamado pela sua genialidade neste trabalho, Fritz Lang foi, inclusive, convidado por Hitler para realizar os seus vídeo de campanha a que o realizador, prontamente, se recusou. Uma lição que fica registada na história do cinema e permanecerá contemporânea enquanto os ideais de sentimento de humanidade existirem.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Livros que nos devoram por Luísa Félix (#02/2015)

O Alienista

«Mas a prova mais evidente da influência de Simão Bacamarte foi a docilidade com que a Câmara lhe entregou o próprio presidente. Este digno magistrado tinha declarado, em plena sessão, que não se contentava, para lavá-la da afronta dos Canjicas, com menos de trinta almudes de sangue; palavra que chegou aos ouvidos do alienista por boca do secretário da Câmara entusiasmado de tamanha energia. Simão Bacamarte começou por meter o secretário na Casa Verde, e foi dali à Câmara à qual declarou que o presidente estava padecendo da "demência dos touros", um género que ele pretendia estudar, com grande vantagem para os povos. A Câmara a princípio hesitou, mas acabou cedendo. 

Daí em diante foi uma colecta desenfreada. Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. (...) Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício. Se um homem era avaro ou pródigo, ia do mesmo modo para a Casa Verde; daí a alegação de que não havia regra para a completa sanidade mental. (...).»


Machado de Assis, O Alienista 


Em 1882, o escritor brasileiro Machado de Assis (1839 – 1908) publicou Papéis Avulsos, uma colectânea de textos que fora publicando no jornal A Estação, ao longo de cinco meses. Integrava esse conjunto de escritos «O Alienista», cuja classificação não é consensual, sendo considerado por alguns especialistas como conto, por outros como novela, dada a estrutura narrativa organizada em capítulos. 

Esta obra de ficção tem como protagonista Simão Bacamarte, um médico que, depois de ter estudado em Coimbra e em Pádua, regressa ao Brasil para se fixar na sua terra natal, Itaguaí. Casa com D. Evarista, senhora viúva que, devendo pouco à beleza e à simpatia, parece ao médico a mulher ideal para lhe dar filhos fortes. 

O interesse de Simão pelos problemas da mente leva-o a dedicar-se de corpo e alma à psiquiatria, construindo a Casa Verde, um manicómio onde pudesse internar e estudar os doentes da cidade e da região. 

Entretanto, D. Evarista, desconsolada com a falta de atenção do marido, consegue que este financie, para si e para um verdadeiro séquito, uma viagem de alguns meses ao Rio de Janeiro. Nestes meses, o número de doentes internados na Casa Verde aumenta de tal forma que a situação começa a preocupar os habitantes de Itaguaí, que vêem no regresso de D. Evarista a solução para o problema. Contudo, não só D. Evarista não só não consegue travar a obsessão do marido, como se torna mais uma vítima dessa obsessão. 

«O Alienista», longe de ser uma narrativa sisuda, diverte, ao mesmo tempo, que nos obriga a reflectir sobre a fronteira entre a sanidade e a loucura.


A autora, Luísa Félix, pode ser seguida no seu blogue, Letras são papéis.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ditados Impopulares (#04/2015)



"Um provérbio para não levar à letra, pois é em sentido desfigurado, mas que convida a reflectir sobre o desespero que a fome causa."


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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#08/2015)

Empatia


Os rostos prateados pela lua
Carregam um pesar que era só deles
Até eu beber ali uma amargura
Sentida para aliviar aqueles
Que não se podem furtar a ela.
Acendo depois de uma outra vela.

Até o cão alheio que se demora
A velar pelo que não entende
Me comove no aqui e no agora
Em que a minha alma estende
Uma corda para o seu vazio
Que nem é quente nem é frio.

Como sinto dourada a alegria
Que respira forte de esperança
Numa expressão que contagia
De fé o mundo que avança.
Se existe em mim fronteira
Nunca será só à minha beira.

A minha vida é feita em laços
Bem para além do meu corpo
E no outro há meus pedaços
Tanto quanto em mim seu sopro,
Assim que me permitam entrar
Nos seus olhos para os meus dar.


Hugo Carabineiro

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#08/2015)



Depois de "Drop Fall" surgiu "Noted Wind", em 2013. A banda de "Electrónica"/ "Ambient" descreve-se como criadora de uma conjuntura de sons que combinados ecoam no cérebro e produzem uma imagem. Este álbum é tranquilo, permite-nos fazer uma viagem pelos sentidos e reproduzir imagens como a capa de "Noted Wind", um pôr-do-sol rodeado de árvores a tocar o vento.
Fiquem com "Last Call".



sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Aniversário da Marlene por Rogério Paulo E. Martins (#01/2015)

O aniversário da Marlene é um conto, da autoria de Rogério Paulo E. Martins, do qual será partilhado um parágrafo semanalmente (independentemente do seu comprimento). Sempre aos Sábados, pelas 21:30, não percas, um exclusivo da Pomar de Letras.


Não me falhando a memória, será justo afirmar que, girava o ano de mil novecentos e noventa e sete. Pressuposto seja, porém, que nisso ela se presta melhor. Tinha eu os meus treze aninhos. Mas os meus pais o saberão melhor, os progenitores recordam sempre com maior amargura e fina precisão as maleitas que lhes moldam os filhos. Nós limitamo-nos a crescer, refazer asneiras e acumular cicatrizes. E assim, nos moldamos ao seu e no seu amor. Tratando-se do aniversário da Marlene, estávamos exactamente a um mês do equinócio da Primavera, não sei em que dia, mas era dos ditos úteis. Talvez Terça-feira.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#08/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Filme: The Theory of Everything [A Teoria de Tudo] (2014)


Realização: James Marsh


The Theory of Everything (A Teoria de Tudo) começa desde o título, um pressuposto idílico, a relatar em género de romance o que foi o crescer daquele que é considerado o homem mais inteligente e extraordinário do nosso mundo - Stephen Hawking. Com referências biográficas, foi adaptado do livro escrito pela sua primeira esposa Jane Hawking “Travelling to Infinity: My Life with Stephen” com tradução homónima ao título do filme. Relata em primeira mão o pensamento impar deste génio contemporâneo que não foi alterado pela evolução da doença degenerativa que desde jovem o afetou. Explica-nos como surgiram algumas das suas teorias e deixa-nos algumas reflexões para o futuro. Não sendo um filme exorbitante e de grande complexidade, deixa esse mérito para o grande homem a que se refere, demonstrando o quão privilegiados somos nós, comuns mortais, em partilhar a nossa existência no mesmo espaço e tempo do Universo em que ele existiu. Simplesmente, Stephen Hawking.


Parabéns a nós

A Pomar de Letras está de parabéns, faz hoje, dia 20 de Fevereiro, um ano desde que o editorial desta "zine" foi publicado, encetando esta nossa "zin'aventura". Foi um ano em que procurámos crescer e consolidar-nos como uma potencial referência cultural; doze meses de trabalho, experiência e maturação de um crescente processo evolutivo que, esperamos, possa, ainda, dar muitos e saborosos frutos. A todos os que nos acompanha(ra)m e colabora(ra)m connosco o nosso muito obrigado e bem-vindos ao nosso vergel.

E em dia de aniversário, nada melhor para celebrar, do que lembrar os restantes 364 dias de desaniversário, com a loucura de um chá. ;)



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Animagem (#04/2015)

Esta semana, em Animagem, recomendamos a visualização da curta-metragem "Johnny Express". Johnny é um entregador de encomendas, deveras preguiçoso, que faz entregas espaciais nos mais diversos e peculiares planetas.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#07/2015)



Estávamos no ano de 1997 quando Richard Dorfmeister e Rupert Huber revolucionaram a música "Electrónica", bem como o "Downtempo". Foi nesta altura que iniciei a minha caminhada pelo mundo do "Downtempo", com um cariz mais sério e capaz. Tosca abriu os meus horizontes e, em 2013, lançaram o álbum "Odeon". Para este trabalho colabora na voz a Belga Sarah Callier, que, para a banda, se torna num instrumento como qualquer outro dos que compõem as músicas, algo que os satisfaz particularmente. Descrevem ainda "Odeon" como uma arquitectura sonora onde tudo é possível.
Segue então com as possibilidades do primeiro single "What If" e atestem a mencionada arquitectura.



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#07/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Filme: Birdman (2014)



Posso dizer com franqueza que Alejandro González Iñárritu é um dos meus realizadores favoritos. E que poucas são as pessoas que expressam a condição humana tão intimamente quanto ele. Neste filme, a dualidade, a incerteza e os vários dilemas que levam a razão do Ser a expressar-se das mais distintas formas no mundo das artes representativas e do cinema, estão expostos com uma qualidade distinta e técnica de filmagem inovadora. Para conseguir a pretendida aparência de “one take shot”, Iñarritu, junto com o cinematógrafo Emmanuel "Chivo" Lubezki, ensaiou um bailado entre câmara e atores que fez com que o resultado final fosse um movimento contínuo, que prende o espetador desde o primeiro instante. Michael Keaton, com um papel fantástico, representa um ator que após gloriosos anos no estrelado do cinema tenta relançar a sua carreira, produzindo uma peça de teatro em nome próprio. Simplesmente arrebatador.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Entrudo Chocalheiro 2015 - 14 a 17 de fevereiro



"Despedem o inverno e saúdam a Primavera, para os Caretos o Carnaval é um ritual entre o pagão e o religioso, tão natural como a passagem do tempo e a renovação das estações. Em Podence, concelho de Macedo de cavaleiros, todos os anos é assim." (Descrição na página do facebook dos Caretos de Podence.)


Arrancam já este Sábado, no concelho de Macedo de Cavaleiros, as festividades do Entrudo Chocalheiro. E, porque o Entrudo não são só os caretos, na aldeia de Podence preparou-se uma miríade de ofertas para animar o carnaval;

Passeio Pedestre: 8 caretos. Ficha de inscrição (Prazo de inscrição 12 de Fevereiro)



Workshop de Fotografia: 100 caretos. Informações/Inscrições: 937667276



Uma Aventura no Geopark - Terra de Cavaleiros: 2 caretos (1 careto para crianças dos 6 aos 12 anos)






Exposição de Pintura.



Programa:


Ditados Impopulares (#03/2015)



"Um provérbio madrugador mas que a meio do dia ainda está sonolento."


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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#06/2015)

Manhã


Abro o olhar e vejo a orbe
girando
ciclicamente
(e o espaço aqui tão perto)
Minhas mãos não pararão nunca
de tactear o infinito
Indefesa
desenho paredes
cada vez mais opacas
Em defesa
Decepada de orientação
abóbada celeste na palma da minha mão

Agradece o óbolo
mendiga de horizontes.


Rosa Nobre Camilo (do livro, O Sol ao Mínimo)

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#06/2015)



Com estruturas rítmicas originais, esta banda Russa de Nu-jazz desenvolve uma música única. Tiveram o reconhecimento em 2010 com o single "The Place That I Call Of Home" e, em 2012 lançaram, finalmente, o álbum de estreia, "Rounds". A criatividade é evidente, não só com arranjos ricos, mas também com composições musicais de elevada qualidade onde se denota o som Europeu. Confirmem a qualidade desta banda com a música "Against The Tide".



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#06/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Série: The Strain (2014)


O Dr. Ephraim Goodweather e a sua equipa são chamados de prevenção ao aeroporto, para investigarem a ocorrência de um possível surto infecioso que vitimiza todos os passeiros de um voo. Ao contrário do que se pensava, surgem alguns sobreviventes que ficam em quarentena para realização de testes médicos. Contra a sua vontade e opinião, os passageiros são libertados…
Com um enredo diversificado e um organograma de “coincidências”, descobrem após investigação, que leva a que sejam perseguidos pelas autoridades, que a propagação desta doença não ocorre por acaso e a contaminação e os sintomas são tudo menos normais. Para isso muito contribui Abraham Setrakian o homem que combateu o anterior surto desta “epidemia”.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Animagem (#03/2015)

Madame Tutli-Putli, uma animação canadiana que nos deixa perplexos e imaginando. Os olhos da personagem principal são reais, são a montagem de uma filmagem a uma actriz real. O resultado é maravilhoso.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Companhia de Dança do Norte



A Companhia de Dança do Norte está a recrutar bailarinos, para mais informações ou inscrição, os interessados devem enviar currículo e um vídeo performativo para o endereço de email, companhiadedancadonorte@gmail.com.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#05/2015)

Alberto Caeiro em Pessoa


Só sei que nada sei e tudo sinto
E se digo que amei não me minto.

A lua, o sol, as pedras e as flores são coisas que em si desconheço
São sensitivas e belas como a água, as searas, os rios e as estrelas

E senti-las na pele, no cheiro e no olhar é tudo quanto peço.

E se no chão me deito e inspiro o perfume do mar
Dispo-me de todo o conceito

Que o mundo é real, tacteável, cheirável e visível
E isso basta para o amar.

Do cimo de um outeiro alcanço um rebanho
A tarde adormece sereníssima e calma

E o rebanho é doce e bucólica miragem da minha alma!


Valter Guerreiro

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#05/2015)



Com influências de Koop ou Bonobo, Sinitus Tempo faz um "Nu-jazz"/ "Lounge" muito interessante e cativante. Lança, então, em 2013, este "Caged Bird" onde afirma captar os sons do passado e transformá-los em ambientes futuristas, capazes de o manter motivado para a criação. As experimentações estão lá e a viagem aos sentidos também.
Fiquem com "Caged Bird".