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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#44/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Realização: Fritz Lang


Enquadrado no estilo americano de Film Noir, Almas Perversas, realizado pelo mestre das artes cinematográficas Fritz Lang, é um filme de suspense criminal bem ao estilo da época, no dito ano de 1945. Acusado de ser imoral e corrupto, o filme chegou a ser proibido por retratar uma obsessão amorosa de um homem de meia-idade de classe média por uma rapariga da plebe com a qual combina um estratagema criminoso. Cenografia e técnica ao melhor nível, com um elenco conceituado, é na sua conceção um dos grandes filmes do género.


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Animagem (#22/2015)

Dark Side (*Desconhecido), literalmente Lado Negro, invocar-nos-á, certamente, à memória a saga Guerra das Estrelas - e o seu desconhecido poder, clamado por Darth Vader - ou o fantástico álbum dos britânicos Pink Floid, The Dark Side of the Moon. No primeiro caso, o dark side refere-se mesmo a um lado negro, sombrio, o uso maligno da Força; no caso dos segundos, "O Lado Negro da Lua", refere-se à face oculta da lua, aquela que nunca nos é revelada quando da Terra olhamos o astro satélite extasiados.

Dark Side centra-se (mais) na segunda acepção, no sentido do desconhecido e da sua amedrontada e insciente exploração, impelida pela inata curiosidade do ser consciente; porém, não descura o sentido sombrio também este inato aos seres vivos e ao nosso sentido de sobrevivência.




(*Tradução livre.)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Livros que nos devoram por Luísa Félix (#09/2015)

Aparição de Vergílio Ferreira


«Sento-me aqui nesta sala vazia e relembro. Uma lua quente de verão entra pela varanda, ilumina uma jarra de flores sobre a mesa. Olho essa jarra, essas flores, e escuto o indício de um rumor de vida, o sinal obscuro de uma memória de origens. No chão da velha casa a água da lua fascina-me. Tento, há quantos anos, vencer a dureza dos dias, das ideias solidificadas, a espessura dos hábitos, que me constrange e tranquiliza. Tento descobrir a face última das coisas e ler aí a minha verdade perfeita. Mas tudo esquece tão cedo, tudo é tão cedo inacessível.»


Vergílio Ferreira, Aparição, Bertrand Editora


Muitos são aqueles que leram Aparição, de Vergílio Ferreira; outros talvez tenham ficado apenas com uma ideia da intriga, das aulas de Português de 12.º ano, uma vez que, durante alguns anos, foi leitura obrigatória da disciplina.

A obra, publicada em 1959, tem como protagonista Alberto Soares, um recém-licenciado, que inicia a sua carreira de professor de liceu em Évora. A acção da obra decorre num período de nove meses, correspondente a um ano letivo, durante o qual Alberto convive com a família do Dr. Moura, antigo colega do pai, que tem três filhas – Cristina, ainda criança, Sofia e Ana. 

A história é contada por um narrador de primeira pessoa, que recorda, muitos anos depois, na sua casa da Beira Interior, onde a montanha se assume como espaço mítico, os acontecimentos que vivenciou nesse ano lectivo na cidade alentejana, com a lucidez que a distância temporal e a maturidade lhe proporcionam.

Quando chega a Évora, Alberto Soares é um jovem enlutado pela morte do pai. Começa por se instalar numa pensão no centro da cidade, optando depois por viver sozinho numa casa num ponto mais elevado, de onde pode observar a cidade, que, aos seus olhos, surge como um lugar labiríntico, luminoso, mitificado e, por isso, irreal.

Em Évora, o protagonista depara-se com uma sociedade conservadora, marcadamente estratificada e católica. Na escola, nas suas aulas, e no convívio com a família Moura, em particular com Sofia, com quem manterá um relacionamento algo tortuoso, procura transmitir as suas ideias filosóficas, nascidas da influência de Nietzsche e do existencialismo. 

Em particular depois de uma viagem que empreende nas férias da Páscoa, e que resulta numa viagem interior e de autoconhecimento, em que se dá uma espécie de aparição – do “eu” a si próprio -, Alberto Soares vê-se como uma espécie de messias portador de uma boa nova, que não pode deixar de transmitir a todos. As suas ideias embora encontrem resistência, acabam por abalar as certezas de Ana, a filha mais velha do Dr. Moura, «bem» casada com um engenheiro de «boa família», por despertar a tragicidade e a rebeldia de Sofia, a filha do meio, e a loucura de Carolino, o «Bexiguinha», um aluno que começa por admirá-lo, acabando, posteriormente, por se revoltar, na atitude da criatura que se insurge contra a divindade.

Mais do que um romance, Aparição constitui uma reflexão sobre a condição humana e sobre a sua relação com a divindade, e um documento do Portugal dos anos 50 do século XX, marcado pelo conservadorismo e pela repressão.


A autora, Luísa Félix, pode ser seguida no seu blogue, Letras são papéis.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#43/2015)

spleen mirror


Há uma luz que resta conjugar:
tal como o verbo alienado -
dentro de uma acção repetida-
mente adiada - pela incerteza
maquinal de toda uma vida.
Observo a espessura dos dias
sinais absolutos de indiferença.
Assombram-nos como o vazio
do aço que se molda à cidade
fundida entre as nossas artérias.

Espelho-me na ferocidade
do todo pensamento.
Sinto a força terrível de uma
lâmina implacável & absoluta-
mente muda. Penso e adormeço,
sob as sentenças de um repouso
inacabado, uma tese por dissertar:
o mesmo erro repetido no tempo?
ou os braços maquinais
de toda esta vida?


Miguel Pires Cabral

domingo, 25 de outubro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#43/2015)



Woodkid, A.K.A. Yoann Lemoine, realizador Francês que até já esteve nomeado para os "Grammy Awards", afirmou sentir-se cansado de toda a panóplia de acontecimentos que cercam a realização, então virou-se para a criação de música e, meus amigos, ainda bem que o fez. Caracterizado pelo estilo "Symphonic", "The Golden Age" é um trabalho extraordinário, daquelas coisinhas que se ouve e se quer mais. Intenso, melódico, experimental e arrebatador, ou seja, o que se procura em algo novo.
Fiquem com "Run Boy Run" e deslumbrem-se.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#43/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Filme: Back to the Future Trilogy [Trilogia Regresso ao Futuro] (1985)
Realização: Robert Zemeckis


O Futuro é agora! Numa semana tão aguardada como esta em que Martin McFlyy chegou ao futuro, respetivamente no dia 21 de Outubro, sugerimos não um, nem dois mas sim a fantástica trilogia de filmes de Regresso ao Futuro. De toda a obra de Robert Zemeckis, em que se destacam grandes títulos como: Forrest Gump, O Náufrago e Contacto; terá tido neste filme a sua grande afirmação no mundo do cinema ao trabalhar junto com Spielberg. Marcou toda uma geração com o seu conceito de máquina do tempo montada num DeLorean! Carro que na altura em que foi rodado o filme já nem era produzido, pois a empresa tinha falido anos antes, mas veio após essa aparição, e ao longo dos tempos, a tornar-se um item de culto. Doctor Brown, ou Doc, revolucionou não só o mundo do cinema bem como o mundo real, que com o auxílio da sua máquina nos permitiu dar uma espreitadela no futuro trazendo inspiração à criação de objectos que hoje são bem reais. Dos referidos de destacar o skate flutuante que "foi tornado real", e que é também o mais desejado pelos fãs, e as sapatilhas que a Nike criou especificamente para celebrar o aniversário da criação. Tal como no filme, as sapatilhas apertam-se sozinhas, tendo sido oferecido ao próprio Michael J. Fox um par, e os lucros dessa edição direcionados para doentes com Alzheimer. O Futuro pode não ser como pensámos, mas a ficção cientifica vai sempre andar um passo à frente para garantir que a realidade vai ser ainda mais espetacular. E agora, de Regresso ao Futuro.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#42/2015)

Blindfold


Liberto a confusão, o caos persiste, o pluralismo negro da Quarta-Feira, no vértice de Quinta, inicia a sua dissertação nos braços da padecente agulha que martela as presunções… cuidadosamente abres o estômago amplamente, o líquido putrefacto é extraído nas palavras débeis de inerentes vicissitudes, no entanto coses novamente, entre a chuva, todos os órgãos com um fio de nylon… as lamacentas portas abrem-se, a fragilidade continua nas ligações criadas, o código binário de altifalantes pendurados ecoa nas activações sensoriais, cada membro é transposto para a perspectiva errática de ritualidades hipercirculares. Abraças o teu corpo, os sons tornam-se insuportáveis e, nos calamitosos ruídos exteriores, vendas os olhos…


Nuno Baptista

domingo, 18 de outubro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#42/2015)



Eguana é uma banda Russa de "Downtempo" que nos dá sons distintos e harmoniosos. "We Turn Into Water" é o nome do terceiro álbum e as atmosferas criadas são envolventes para o ouvinte se sentir relaxado a usufruir de um merecido prazer auditivo. Os temas são diversos para nos proporcionar um álbum digno de se tornar intemporal. Fiquem com "Jumping On The Water" e venham descobrir Eguana.


sábado, 17 de outubro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#42/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Filme: Shaun the Sheep Movie [A Ovelha Choné - O Filme] (2015)
Realização: Mark Burton, Richard Starzak


Depois de incontornáveis e inesquecíveis bons momentos, que nos trouxe através da série animada, chega-nos Shaun em versão filme. Nesta aventura, a nossa Ovelha Choné, ajuda o seu dono a regressar a casa depois, de sem aperceber, se perder na cidade. A ovelha e seus companheiros, tomam como missão o salvamento do seu cuidador. Diversão clássica através de um método de animação em desuso. Na era do digital, a moldável plasticina não perde nem perderá o calor e o afeto dos espectadores.




sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Animagem (#21/2015)

Mighty Antlers (Cornos Supremos*) é uma visão esplêndida sobre a realidade e a ficção de um acidente. Um exercício filosófico e reflexivo muito além de uma mera interpretação abstracta.




(*Tradução livre.)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#41/2015)

Fecho o caderno


Fecho o caderno dos deveres,
Não compartilhamos um espírito brilhante,
Exageros ou a sombra da sobredotação;
Não! Uma mediania que esbarra
Na emoção, e mesmo assim junto as pedras
Aprimoro as madeiras, conduzo as águas
Liberto da brancura as telas
Descrevo os assomos do espírito sem ralações.

Acredito no bronze incompleto
Que se dissipa nas roupas miúdas.
Nas tuas perguntas explosivas de jalapeños e habaneros
Escancaradas no meu golfo de leite.

Há Restos de realidade flutuando, enquanto penso na morte
O meu cavalo iluminou-se com os pequenos feixes da fechadura
Liberdade bela ignorada
E a humanidade vive o momento, o segundo, o fantasma mais além
Na agrura de uma corrida.


22.09.2015


Paulo Seara

domingo, 11 de outubro de 2015

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#41/2015)



Lulu Rouge é uma banda de Downtempo/ Electrónica formada com dois nomes sonantes do estilo musical, Buda e DJ Tom. Colaboradores assíduos de Trentmoller, TelepopMusik e Bliss (nomes muito sonantes em estilos diferentes), o último álbum, The Song Is In The Drum foi referido pela crítica como um álbum intenso com capacidade de nos perturbar, no entanto também nos puxa para os seus meandros com os violinos em fundo. Confirmo, é mesmo isso.
Fiquem com o primeiro single "Sign Me Out", que conta com a voz de Fanney Osk.


sábado, 10 de outubro de 2015

SCREEN SHOT (#41/2015)

Filme: Yellow Submarine [O Submarino Amarelo] (1968)
Realização: George Dunning


Os Beattles não requerem qualquer apresentação, mesmo não se conhecendo a sua música, será difícil que nunca se tenha ouvido falar da banda, ou mesmo se desconheça a importância do quarteto de Liverpool para a indústria musical dos anos 60/70. Em 1968, a banda colaborou com o realizador George Dunning e o designer Heinz Edelmann na criação de uma longa-metragem de animação que se viria a tornar num ícone e a ganhar estatuto de culto na "Pop-Art". Depois de os Blue Meanies terem tomado de assalto Pepperland extinguindo a música e o amor, Fred, líder da orquestra do reino, vê-se obrigado a fugir n'O Submarino Amarelo, para terras longínquas, em busca de ajuda e salvação para o seu reino desolado e moribundo. Acaba por encontrar os Beattles e com estes enbarca numa alucinante e alucianada viagem de regresso a Pepperland para resgatar o reino da malvada e silente opressão dos malvados seres azuis.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ditados Impopulares (#20/2015)



"Uma expressão bastante popular que compreende múltiplas leituras, todas elas muito elogiosas do Rio que tem essa alcunha, a não ser que a sigla signifique o insulto: Fanático Dos Popós."


Segue os Ditados Impopulares no facebook. ;)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#40/2015)

Último soneto


Que rosas fugitivas foste ali:
Requeriam-te os tapetes – e vieste...
– Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.

Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste –
Como fui de percal quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...

Pensei que fosse o meu o teu cansaço –
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...

E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...


Paris – dezembro 1915


Mário de Sá Carneiro

Undenied Pleasures por Nuno Baptista (#40/2015)



Esta banda Sueca produz uma electrónica de se lhe tirar o chapéu. É arrojada, dinâmica e eloquente, segue a vertente de bandas como Orbital ou Underworld. Origin #2, 11.º álbum de originais, é o segundo capítulo, de uma série de quatro, que contêm músicas que haviam sido criadas na primeira década de 2000 e que foram encostadas na altura. Anos volvidos, são agora reconstruídas para nos dar uma incursão contemporãnea pelo imaginário de Magnus Birgersson.
Fiquem com "Unknown Presence".


sábado, 3 de outubro de 2015

SCREEN SHOT por A.A.M. (#40/2015)

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)


Série: Mr. Robot (2015)
Criação: Sam Esmail


Elliot Alderson sofre de ansiedade social e a sua forma de “comunicar” com o mundo é através do ciberespaço. Jovem, programador, residente na cidade de Nova Iorque, trabalha para uma empresa de protecção cibernética contra hackers. No entanto, é contactado por uma pessoa que se autointitula Mr. Robot, com a finalidade de o integrar na sua equipa de intervenção que ataca grandes empresas de actividade suspeita, as quais ele é pago para proteger. Um suspense atual que reflete uma sociedade cheia de suspeitas e com tendência a que o espaço virtual seja cada vez mais parte da realidade; Hackers sendo por muitos considerados uma ameaça, são também eles os protetores e guardiões do ciberespaço.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Animagem (#20/2015)

Pôrgu (Inferno) é uma curta-metragem animada sobre e inspirada em três obras, do início da década de 1930, do artista gráfico estónico Eduard Wiiralt. O Pregador; Cabaré; e Inferno são as três obras "re-tratadas" por Rein Raamat nesta viagem tão perturbada quão perturbadora.


Livros que nos devoram por Luísa Félix (#08/2015)

Poesias Completas, de Mário de Sá-Carneiro




Mário de Sá-Carneiro pôs termo à vida, num quarto em Paris, em 1916, com apenas 26 anos. Contudo, o facto de ter vivido pouco tempo não o impediu de produzir uma obra rica e diversificada, ainda que pouco extensa. Poesias Completas, uma publicação de 1985, da responsabilidade da editora Orfeu, reúne poemas do autor, inicialmente publicados nos volumes Dispersão (1914) e Indícios de Oiro (1938), bem como o poema “Manucure”, dado a conhecer na revista Orpheu.

Na sua poesia, Mário de Sá-Carneiro exprime frequentemente, à semelhança de Pessoa, a nostalgia do “além” («A minh’alma nostálgica de além» - “Partida”), o desejo de evasão («Quero dormir... ancorar», em “Vontade de dormir” ou «Ah, que me metam entre cobertores, / E não me façam mais nada!...», em “Caranguejola”)), a dispersão do eu, a incapacidade de se definir e de se encontrar («Perdi-me dentro de mim/ Porque eu era labirinto», em “Dispersão”). 

Sá-Carneiro é também o poeta da desilusão e da dor, que resultam da constatação de que a sua vida fica sempre aquém daquilo que sonha («Um pouco mais de sol – eu era brasa. / Um pouco mais de azul – eu era além. / Para atingir, faltou-me um golpe de asa... / (...) De tudo houve um começo... e tudo errou... / - Ai a dor de ser quase, dor sem fim... -/ Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim, / Asa que se elançou mas não voou...», no poema “Quase”) ou do desalento («A minha vida sentou-se/ E não há quem a levante,/ Que desde o Poente ao Levante/ A minha vida fartou-se. //E ei-la, a mona, lá está,/ Estendida, a perna traçada,/ No infindável sofá/ Da minha Alma estofada.», em “Serradura”).

Ainda que seja o poeta pessimista do desalento, do tédio e da desilusão, há em muitos dos seus textos um toque de ironia, como se ele se risse da sua própria desgraça, há o brilho dourado dos palácios e dos salões de baile, a euforia do mundo moderno, sobretudo no grafismo de alguns textos, à semelhança do que encontramos nas odes do heterónimo pessoano Álvaro de Campos.

No ano em que se celebram os cem anos da revista Orpheu, nada melhor do que ler ou reler a obra de um dos seus fundadores, que foi companheiro de Fernando Pessoa e de Almada Negreiros, e de outros, no compromisso de provocar e sacudir o meio literário da época, marcando, assim, o início do Modernismo em Portugal.


A autora, Luísa Félix, pode ser seguida no seu blogue, Letras são papéis.