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terça-feira, 17 de junho de 2014

SCREEN SHOT n.º 2

(Screen Shot é escrito segundo a nova variação ortográfica.)





"WE DONT NEED ANOTHER HERO" (não precisamos doutro herói) parece ser uma das fórmulas mais usadas naquilo que toca à produção de cinema fantástico e de super-heróis. Temos este ano um vasto leque de ofertas em termos de filmes deste género a começar por um remake do clássico RoboCop (1987) de Paul Verhoeven. Todos o terão visto e revisto nos anos noventa e surge agora, 26 anos depois, adaptado às novas tecnologias em efeitos especiais. Em grande parte a versão mais recente tende a manter o conceito do original, apresentando por vezes uma nova interpretação dos factos e um olhar mais "atual". Já tinha acontecido noutros casos como é exemplo Total Recall (Desafio Total - 1990) original de Paul Verhoeven e a versão homónima de 2012 de Len Wiseman carregado de efeitos visualmente atraentes na versão com Colin Farrell no papel de Denis Quaid. O original é na grande parte das vezes o preferido e acontece o mesmo tanto neste filme como em Robocop (2014) de Joel Kinnaman. Nos remakes, bem como nas sequelas (Robocop teve duas: RoboCop 2 (1990) - Irvin Kershner - e RoboCop 3 (1993) - Fred Dekker) - tende a haver uma suspeita de que o objetivo é arrecadar mais lucro nas bilheterias de um sucesso já conseguido. Comprova-se com a estreia de mais uma sequela de The Amazing Spider-Man  (O Fantástico Homem-Aranha) (a sequela de um remake  -  o exemplo literal de uma divergência de interpretação da estória original) com  Captain America: The Winter Soldier (Capitão América: O Soldado do Inverno) e ainda o recente episódio de X-Men: Days of Future Past (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) de Matthew Vaughn, ambos com uma produção visual fantástica. Na saga de  Batman surge  a mesma divergência  que após entrar em decadência com Batman Forever (Batman para Sempre - 1995) e Batman & Robin (1997) de Joel Schumacher, renasce nas mãos de  Christopher Nolan numa triologia fantástica e intensa. O mesmo sucesso acontece em Superman (Super-Homem - O Filme) mantendo intacta a personagem mítica de Christopher Reeve (o verdadeiro Superman em todos os aspetos) com a reformulação visual e de argumentos para Man of Steel (O Homem de Aço) surgindo filmes de boa qualidade e fiel ao símbolo de um dos expoentes máximos do Fantástico.
De regresso anunciado e cheio de destruição está Godzila pelo olhar de Gareth Edwards. Gojira (O Monstro do Oceano Pacífico), no original japonês, o maior dos monstros, chega-nos cheio de força massiva capaz não só de ameaçar a raça humana bem como todos os seus filmes precursores com uma potente composição visual e sonora, assim como suspense fortes.
E quando se pensa que já nada de novo se cria, ou que como é mais fácil recriar algo que é bom opta-se por fazê-lo de novo modificando-o, conseguimos perceber que, ainda assim, e mesmo conhecendo a história, algo de notório e inesperado acontece e nos surpreende. E do nada, sem querer, surge o maior herói de todos os tempos.
O Homem.
Noah (Noé) de Darren Aronofsky



EXPECTATIVA

Como grande fã de filmes do género não poderia deixar de referir a grande expectativa de estreias que se avizinham não só pelos títulos mas também por alguns dos seus realizadores e esperar que correspondam à magnitude do nosso imaginário.
São estes os destaques:
Transformers 4: Age of Extinction (Transformers: Era da extinção) - Michael Bay
Resident Evil: Rising - Paul W. S. Anderson
Teenage Mutant Ninja Turtles - Jonathan Liebesman

Outras Sugestões:
Chef (O Chef) - Jon Favreau
Transcendence (Transcendence - A Nova Inteligência) - Wally Pfister
Divergent (Divergente) - Neil Burger
Under the Skin (Debaixo da Pele) - Jonathan Glazer
The Grand Budapest Hotel - Wes Anderson

Mestre criador de Princess Mononoke (Princesa Mononoke - 1997), Spirited Away (A Viagem de Chihiro - 2001), e Howl’s Moving Castle (O Castelo Andante - 2004), Hayao Miyazaki diz que The Wind Rises (As Asas do Vento) é a sua despedida do cinema. Interpretado por Joseph Gordon-Levitt, dá a voz nesta animação a uma representação biográfica de Jiro Horikosh, que em pequeno sonhava voar pelos céus e visto a sua incapacidade de o fazer passou a sua vida a desenhar o avião perfeito.
Diferente do estilo fantasioso que originou e o projetou em Tonari no Totoro (O Meu Vizinho Totoro - 1988), mas mantendo o mesmo traço, este trabalho final deixa em aberto o futuro para o realizador e o que ele nos trará. Acreditando que permanecerá fiel aos lemas que o inspiram, são muitas as pessoas que vêem este final anunciado reverter no início de uma nova jornada que com confiança e um sorriso esperamos.



OST

A diferença entre um grande momento e um momento perfeito está muitas vezes associada à banda sonora que o acompanha. Como um belíssimo pôr-do-sol com amigos depois de uma tarde bem passada que por si só já é grandioso, pode ainda assim ser enaltecido por uma música que nos una a todos com aquele momento.
No caso dos heróis não é diferente. Quantas vezes, enfrentando grandes perigos e nos momentos mais difíceis em que lutam pela própria vida, reanimam com o sopro dos trompetes e ao toque dos tambores a bombear de novo o sangue ganham forças para regressar à luta numa apoteose musical. É grande o poder que tem a música na sustentação do poder do herói, surgindo mesmo como uma “imagem” de marca, uma identidade.
Aqui se refletem alguns desses exemplos.


Robocop


Superman


Batman


Flash


Hulk


SOM E VÍDEO
Aproveitando duas grandes estreias dos realizadores Wes Anderson The Grand Budapest Hotel e Darren Aronofsky – Noah (Noé), numa espécie de homenagem ao estilo de cada um, surgem estes dois vídeos. Um, realçando a profundidade que o som pode transmitir a uma imagem para juntos chegarem a uma emoção que possa ser sentida através do ecrã. O outro, uma perspetiva, uma visão de uma grande mente cujo pensamento só podemos adivinhar através daquilo que ele partilha a partir do seu ponto de vista.


Sounds of Aronofsky



Wes Anderson // Centered

A.A.M.

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