Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#46/2015)

A saudade é uma folha morta caída no chão!


amo o vazio das dúvidas consistentes
os preceitos elaborados não me incomodam
e também nunca vejo uma boa solução
ouvi dizer
que a beleza das coisas fica sempre no meio
termo que poucas vezes se consegue tocar
lá fora
se há névoa, chuva ou vento a todos pesa
o tempero do carácter e a deformação social
ainda
na minha boca desliza a palavra como o ocaso
cedendo ao instante liquido da tranquilidade
enquanto
regresso ao colo onde me sinto menina
como quem volta a casa por um instante
cá dentro
quebram-se os limites da própria morte
ateia-se o lume às nuvens para que derretam
augura-se uma nova existência


Paula Santos

Sem comentários: