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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#15/2015)

Entre o ser e o não ser, um ser minúsculo


Esta sensação de clausura na infinidade do infinito
E esta nostalgia bruta do que nem sequer imagino

E a sede intacta oculta nos silêncios que não grito
de ir além das fronteiras do universo e do destino.

E este cansaço que até do repouso se magoa e cansa
E este desejo de nada ser para esquecer quanto morri

Maldito este deserto de tudo o que na solidão me alcança
e me deixa no limbo da morte e de quanto de mim esqueci.

Como a noite que amanhece nos braços da madrugada
e a tarde que desce a noite na agonia do crepúsculo

Caminho entre o desejo de tudo e o desejo de nada
E sou dos seus abismos um ser invisível

E minúsculo.


Valter Guerreiro

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