Esta sensação de clausura na infinidade do infinito
E esta nostalgia bruta do que nem sequer imagino
E a sede intacta oculta nos silêncios que não grito
de ir além das fronteiras do universo e do destino.
E este cansaço que até do repouso se magoa e cansa
E este desejo de nada ser para esquecer quanto morri
Maldito este deserto de tudo o que na solidão me alcança
e me deixa no limbo da morte e de quanto de mim esqueci.
Como a noite que amanhece nos braços da madrugada
e a tarde que desce a noite na agonia do crepúsculo
Caminho entre o desejo de tudo e o desejo de nada
E sou dos seus abismos um ser invisível
E minúsculo.
Valter Guerreiro
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