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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#41/2015)

Fecho o caderno


Fecho o caderno dos deveres,
Não compartilhamos um espírito brilhante,
Exageros ou a sombra da sobredotação;
Não! Uma mediania que esbarra
Na emoção, e mesmo assim junto as pedras
Aprimoro as madeiras, conduzo as águas
Liberto da brancura as telas
Descrevo os assomos do espírito sem ralações.

Acredito no bronze incompleto
Que se dissipa nas roupas miúdas.
Nas tuas perguntas explosivas de jalapeños e habaneros
Escancaradas no meu golfo de leite.

Há Restos de realidade flutuando, enquanto penso na morte
O meu cavalo iluminou-se com os pequenos feixes da fechadura
Liberdade bela ignorada
E a humanidade vive o momento, o segundo, o fantasma mais além
Na agrura de uma corrida.


22.09.2015


Paulo Seara

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