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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#42/2015)

Blindfold


Liberto a confusão, o caos persiste, o pluralismo negro da Quarta-Feira, no vértice de Quinta, inicia a sua dissertação nos braços da padecente agulha que martela as presunções… cuidadosamente abres o estômago amplamente, o líquido putrefacto é extraído nas palavras débeis de inerentes vicissitudes, no entanto coses novamente, entre a chuva, todos os órgãos com um fio de nylon… as lamacentas portas abrem-se, a fragilidade continua nas ligações criadas, o código binário de altifalantes pendurados ecoa nas activações sensoriais, cada membro é transposto para a perspectiva errática de ritualidades hipercirculares. Abraças o teu corpo, os sons tornam-se insuportáveis e, nos calamitosos ruídos exteriores, vendas os olhos…


Nuno Baptista

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