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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Poesia de primeira, à Segunda-Feira (#31/2015)

estranho mundo este
que habito e a que pertenço.
estranho ser este que sou.

lareando pelas ruas,
sob o cegante fulgor da lua,
erro consorte da solidão.
cambaleante tropeço
em finas folhas de papel!
e deambulando fujo,
escondendo-me nas cinzas
que espalhei no ocaso do mundo.

na sombra fria do vento,
aguardo junto ao mar
a queda de uma lágrima
que masturbe os oceanos.

quem me dera morrer
e ver meus restos mortais enterrados
no mais profundo pesar

da tua consciência...


Rogério Paulo E. Martins

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