Recusas o teu nome, não podes escrever, nem estar deformado... As estrelas tornam-te tímido com a lágrima contornando a tua face, sentes-te cansado de conhecer a parede àspera... não podes ser alguém que não tu pelos teus olhos, não podes esperar a Primavera, nem o poder do seu título... levantas a mão para alcançar o sonho superficial que paira na tua respiração, não aguentas estar apenas contigo, o horizonte torna-se longo e preenchido pela sombra que se estende até aos teus pés... cansado de venerar, viras costas e vês a estrela da tua glória esquecida em tua memória... que glória?!
Poema/Prosa de Nuno Baptista, retirado do livro Compêndio do Cubo de Gelo.
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