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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Poesia de primeira, à Segunda-Feira

O futuro, esse tempo
tão
perto que
alcançamos devagar.

Nas pontas dos dedos,
nos lábios e nos beijos
que se roubam mansos.

Mordidos numa intrínseca
vontade de, quiçá, permanecer.

Um futuro como um
enigma clandestino
plantado por caminhos
transviados.

E há sempre uma cabeça
que se aproxima
de uma outra cabeça.

De um mesmo futuro
de uma mesma sorte.

Uma palavra perdida
no meio do nada
ou algo importante
por dizer?



Miguel Pires Cabral (inédito, 11/2014)

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