Outono
Que deste outono,
Que se verte pelo chão
Em oiro e sangue,
Saiba colher o doce fruto
E agradecer o amor da terra
Que a meus pés se prostra.
Que nestes dias de sol morno
E luz macia
Não perca o trilho
Que há-de levar-me ao sul,
Ao mais íntimo de mim.
Que saiba perdoar o vento
Que, de mansinho, me despenteia
Os sonhos...
Luísa Félix
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